domingo, 7 de agosto de 2016

CURVA ABC


A classificação ABC é um instrumento de planejamento que permite orientar os nossos esforços onde os resultados poderão ser mais impactantes, como nos materiais da classe A que, geralmente representam cerca de 75% em valor e são cerca de 10% dos itens em estoque. Estes percentuais são flexíveis, podendo ser 80-15-5 e outros.
O estudo pode tomar como base os valores do saldo em uma data desejada ou pelo consumo anual, que por ser mais abrangente é a mais indicada.

    
Funções da Classificação ABC

A classificação ABC, além de previsão e controle de estoque, pode ser usada:
  • Definição da freqüência e critério de seleção, nos casos de adoção de levantamento físico por amostragem;
  • Estabelecer diferentes períodos para a revisão dos níveis de estoque;
  • Determinação do estoque de segurança para os diferentes níveis de estoque para as classes ABC.
A classificação ABC, baseada em valor de demanda,  tem sido utilizada para atender três aspectos básicos de gestão dos estoques, que são os seguintes:
  • Assegurar que os itens de maior valor sejam analisados  em menores intervalos  de tempo, isto é, itens de maior valor de demanda devem ser analisados com maior freqüência do que aqueles de menor valor de demanda. Como descrito por Nigel Slack et al (1996, p. 297) “Os itens com movimentação de valor particularmente alta demandam controle cuidadoso, enquanto aqueles com baixas movimentações de valor não precisam ser controlados tão rigorosamente”.
  • Assegurar que os itens de menor valor sejam comprados ou fabricados  em menor freqüência, de maneira a evitar muito trabalho nas áreas de compra, em termos de negociação e emissão de pedidos freqüentes de pequenos valores. Na área de produção, que não sejam produzidos lotes de itens de pouco valor com muita freqüência, pois os custos de mudança de produto na linha de produção, em virtude de perdas de material ou tempo perdido nas trocas, tornarem tais mudanças antieconômicas.
  • Identificar em ordem de importância os itens estocados, pelo pressuposto de que se eles são de alto valor também o são em termos de importância.

Classificando os Estoques e Determinando Prioridades
Em várias empresas, uma análise ABC é preparada frequentemente para determinar o método mais econômico para controlar itens de estoque, pois, através dela torna-se possível reconhecer que nem todos os itens estocados merecem a mesma atenção por parte da administração ou precisam manter a mesma disponibilidade para satisfazer os clientes. Assim, conduzir uma análise ABC é com freqüência um passo muito útil no projeto de um programa de ação para melhorar a performance dos estoques, reduzindo tanto o capital investido em estoques como os custos operacionais.
Dentro do critério ABC, podem-se estabelecer níveis de serviços diferenciados para as diversas classes, por exemplo: 99% para itens A, 95% para itens B e 85% para itens C, de forma a reduzir o capital empregado em estoques, ou podem-se usar métodos diferentes para controlar o estoque e, assim, minimizar o esforço total de gestão.
Do exposto acima, decorre que os materiais considerados como classe A merecem um tratamento administrativo preferencial no que diz respeito à aplicação de políticas de controle de estoques, já que o custo adicional para um estudo mais minucioso destes itens é compensado. Em contrapartida, os itens tidos como classe C não justificam a introdução de controles muito precisos, devendo receber tratamento administrativo mais simples. Já os itens que foram classificados como B poderão ser submetidos a um sistema de controle administrativo intermediário entre aqueles classificados como A e C.
Tais considerações valem tanto para ambientes nos quais busca-se gerenciar a formação de estoques por demanda dependente – ex: modelos como MRP e Kanban, como para ambientes nos quais gerencie-se a formação de estoques por demanda independente – ex: modelos como ponto de pedido, reposição periódica ou estoque mínimo.
É inegável a utilidade da aplicação do princípio ABC aos mais variados tipos de análise onde busca-se priorizar o estabelecimento do que é mais ou menos importante num extenso universo de situações e, por conseqüência, estabelecer-se o que merece mais ou menos atenção por parte da administração, particularmente no que diz respeito às atividades de gestão de estoques.
Porém, a simples aplicação do princípio ABC sem considerar aspectos diferenciados inerentes aos materiais quanto à sua utilização, aplicação e aquisição, poderá trazer distorções quanto à classificação de importância e estratégias de utilização dos mesmos.

Fonte: portogente.com.br/kplus.cosmo.com.br

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