sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

CONCEITO 5S

Origem

O 5S surgiu nas empresas do Japão, durante a reconstrução do país depois da segunda guerra mundial.
Depois da guerra, os japoneses receberam orientação de especialistas americanos para o controle da qualidade. O que os americanos faziam bem foi aperfeiçoado no Japão, formando-se o que ficou conhecido como Qualidade no Estilo Japonês, ou Total Quality Control (TQC - Controle da Qualidade Total). É o controle dos processos para assegurar o resultado final, entregando os produtos conforme expectativa do cliente.
  • O papel do 5S é cuidar da base, facilitando o aprendizado e prática de conceitos e ferramentas para a qualidade. Isso inclui cuidar dos ambiente, equipamentos, materiais, métodos, medidas, e, especialmente, pessoas.
  • No princípio, o 5S era mais focado em liberar área, evitar desperdícios, resolvendo efeitos de guerra e de gestão inadequada. Com os novos desafios, inclusive a evolução da tecnologia da comunicação, o 5S evoluiu.

Significado

5S representa cinco palavras japonesas que começam com a letra S. Não é fácil encontrar em outro idioma palavras que têm o mesmo significado de cada termo na cultura nipônica. Por exemplo: Seiri já foi traduzido como seleção, descarte, senso de utilização. Seiketsu aparece como higiene, padronização, senso de saúde.
E há certo sentido: com o Seiri, fazemos seleção, ou seja, separamos o que é útil de o que não é útil, que será descartado. Assim, é facilitado o uso. Com senso de utilidade/utilização dos recursos, isto é, senso de utilização, a seleção e o descarte e o uso serão mais adequados. No entanto, a palavra descarte, por exemplo, fortalece o sentido de jogar fora, dando pouco valor ao sentido de uso.
Quanto ao Seiketsu, a higiene depende de seguirmos padrões saudáveis de uso, ordem e limpeza. A expressão senso de saúde representa nossa sensibilidade para avaliar as boas práticas (as práticas saudáveis), capacidade de padronizá-las, assegurando a saúde. Considere saúde para tudo: física, mental, social, financeira, ambiental etc.
A tradução utilizando a palavra senso se tornou uma das mais divulgadas no Brasil a partir de meados da década de 1990. Além de iniciar com S, facilitando a didática do 5S, este termo remete ao bom senso, característica de pessoa sensata. A prática do 5S é um bom meio de apurar a sensatez. Com isso, o 5S deixa de ser uma coisa de fábricas, máquinas, ferramentas. Entendido assim, o 5S pode ser praticado por qualquer pessoa, em qualquer lugar, para facilitar a solução de qualquer desafio.
Finalmente, essa tradução aproxima o 5S de o que é natural no organismo vivo. Praticar 5S é semelhante ao que qualquer ser vivo faz para viver.

Como a vida

Aprender 5S é como "reaprender" o que é natural. Podemos nos inspirar no nosso corpo para cuidar do mundo em que atuamos.
A natureza do 5S é semelhante à natureza dos seres vivos. Está dentro de nós

5S
Comando
No corpo humano

Senso de Utilização
Separar o que é útil do que não é. Melhorar o uso do que é útil.
Nosso corpo descarta o que não precisa e usa o que lhe é útil em infinitas reações químicas.

Senso de Ordenação
Um lugar para cada coisa. Cada coisa no seu lugar.
São vários sistemas, nos quais cada célula está em seu lugar.

Senso de Limpeza
Limpar e evitar sujar.
Não viveríamos se não houvesse limpeza constante do organismo pelas fezes, urina, respiração, anticorpos etc.

Senso de Saúde
Padronizar as práticas saudáveis.
O que cada célula deve fazer para a saúde do organismo está "escrito" no DNA.

Senso de Autodisciplina
Assumir a responsabilidade de seguir os padrões saudáveis.
Não precisamos chamar a atenção da célula para fazer o que lhe compete. Ela faz o que tem de ser feito.



Conceito: 
O Método "5S" foi base da implantação do Sistema de Qualidade Total nas 
empresas. Surgiu no Japão, nas décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra 
Mundial, quando o país vivia a chamada crise de competitividade. Além disso, 
havia muita sujeira nas fábricas japonesas, sendo necessária uma  reestruturação  
e  uma “limpeza”.  
O país precisava reestrutura-se, organizar as indústrias e melhorar a produção 
para ser compatível  com o mercado mundial  
O programa tem este nome por tratar-se de um sistema de cinco conceitos 
básicos e simples, porém essenciais e que fazem a diferença no Sistema da 
Qualidade.  
Espanha e Inglaterra adotaram metodologias equivalentes, porém com nomes 
diferentes: “Teoria da Escova” e “House keeping”, respectivamente; mas a ideia é a 
mesma- sempre buscar o Sistema da Qualidade Total .  
É possível eliminar o desperdício (tudo o que gera custo extra) em cinco fases, 
com base no método "5S". Foi um dos fatores para a recuperação de empresas 
japonesas e a base para a implantação da Qualidade Total naquele país. 
Os cinco conceitos foram introduzidos no Brasil posteriormente, em 1991, pela 
Fundação Cristiano Ottoni. 
Os 5 conceitos são:  
1.º S - SEIRI - SENSO DE UTILIZAÇÃO 
  CONCEITO: "separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário". 
2.º S - SEITON - SENSO DE ARRUMAÇÃO 
  CONCEITO: "identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa localizar 
facilmente". 
3.º S - SEISO - SENSO DE LIMPEZA 
CONCEITO: "manter um ambiente sempre limpo, eliminando as causas da sujeira e 
aprendendo a não sujar". 
4.º S - SEIKETSU - SENSO DE SAÚDE E HIGIENE 
  CONCEITO: "manter um ambiente de trabalho sempre favorável a saúde e higiene".
5.º S - SHITSUKE - SENSO DE AUTO-DISCIPLINA 
  CONCEITO: "fazer dessas atitudes, ou seja, da metodologia, um hábito, transformando 
os 5s's num modo de vida". 
Objetivos do programa: 
Baseado em sua própria elaboração, o Método 5S visa a combater eventuais 
perdas e desperdícios nas empresas e indústrias; educar a população e o pessoal 
envolvido diretamente com o método para aprimorar e manter o Sistema de Qualidade 
na produção.  
É importante a alteração no comportamento e atitudes do pessoal. A 
conscientização dos integrantes da importância dos conceitos e de como eles devem ser 
usados facilita a implantação do programa. 
A abordagem do programa deve ser aplicada como hábito e filosofia, não apenas 
no ‘house keeping” ( cuidar da casa). 
Deste modo, o 5S auxiliará na reorganização da empresa, facilitará a identificação 
de materiais, descarte de itens obsoletos e melhoria na qualidade de vida e ambiente de 
trabalho para os membros da equipe. 
Cada fase é intimamente ligada à outra, sendo também um “pré-requisito” para a 
consolidação da fase seguinte. Uma vez iniciado o processo, fica mais fácil dar 
continuidade à implantação do método. Consequentemente, haverá consolidação do 
Sistema da Qualidade e melhoria do desempenho geral no setor.  

Fonte: .anvisa.gov.br  -
Fonte: Manual do Projeto Pedagógico Viver 5S



ARMAZENAGEM (WAREHOUSING)



Armazenagem é a denominação genérica e ampla que inclui todas as atividades em um local destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais (depósitos, almoxarifados, centros de distribuição, etc). Conjunto de atividades executadas em almoxarifado, depósito, galpão, armazém ou centro de distribuição. Entre as diversas atividades, estão o recebimento, o endereçamento, estocagem, separação dos itens, embalagem, expedição, etc.


ARMAZÉM ALFANDEGADO consiste em um tipo de armazém na qual as empresas colocam os produtos sem a necessidade de pagar taxas ou tarifas aduaneiras. Local reservado para armazenagem e custódia de mercadorias importadas que estão sujeitas as taxas ou tarifas alfandegárias: até que elas sejam quitadas os produtos devem ficar retidos ou ser devolvidos para o país de origem. Este armazém deve ter aprovação do governo e estar sob leis e garantias de funcionamento. 


 Armazenagem de produtos pesados
À esquerda mercadorias carregadas em paletes, e à direita paletes empilhadas sem cargas


É um sistema utilizado principalmente para a armazenagem de cargas paletizadas. É uma estrutura pesada, que permite uma elevada seletividade, visto que as paletes são colocadas e retiradas individualmente pelas empilhadoras. Este sistema tem uma série de vantagens, como por exemplo.


1.           Possibilita a localização e a movimentação de qualquer palete sem que seja necessário mover as outras;


2.           Permite a arrumação de uma grande variedade de produtos;


3.           Faculta planos de apoio de diversas alturas;


4.           Ajusta-se a cargas de rotação relativamente elevada;


5.           Pode ser facilmente montado e desmontado;


6.           É compatível com a maior parte dos equipamentos de movimentação e com a maioria dos tipos de pisos industriais.


7.           Protege a mercadoria contra estragos;


8.           Permite um melhor aproveitamento do pé-direito;


Possui no entanto também algumas desvantagens, tais como:


1.           Para um pé-direito superior a 8 metros há necessidade de se utilizar equipamentos especiais;


2.           Baixa densidade de stock devido à necessidade de corredores para a circulação das empilhadoras;


3.           Obriga a um layout bem definido;


Estante para paletes drive-in ou drive-through


Consiste num bloco de estruturas contínuas com corredores, é utilizado quando a carga pode ser paletizada, é pouco variada e não necessita de alta seletividade ou velocidade. Os componentes deste sistema de armazenagem são bastante semelhantes aos da estante convencional para paletes, no entanto esta estrutura apresenta uma maior fragilidade, pois é bastante instável, necessitando de algumas exigências extras para a estabilizar. Neste tipo de estruturas, como a seletividade é baixa, a retirada das paletes é feita de uma forma mais lenta. A principal diferença entre o drive-in e o drive-thru, é que no primeiro a arrumação da estrutura impossibilita a empilhadora de atravessar os corredores, enquanto que no segundo essa movimentação já é possível pois a arrumação é feita na parte superior. Estes tipos de estrutura são utilizados principalmente quando o aproveitamento do espaço é mais importante que a agilidade no processo de armazenamento


Estante para palete dinâmica

Designada, em inglês, por live storage ou gravity flow rack, é um sistema muito parecido com o push-back na sua seletividade e densidade de armazenagem. O tipo de paletes utilizados neste tipo de estrutura é muito importante, visto que, o que vai determinar o perfeito funcionamento do sistema, sem risco de paragens ou quebras, é o bom apoio das paletes nos roletes. A operação deste sistema faz-se colocando-se uma palete numa extremidade da pista, e devido à inclinação da pista, esta vai deslizando até à extremidade oposta da estrutura. Aqui, a primeira palete a entrar será obrigatoriamente a primeira a sair. A velocidade neste sistema é mais elevada do que no drive-in ou no push-back, visto que o operador não tem qualquer controlo sobre a velocidade de fluxo da carga, esta velocidade é imposta pelos roletes ou rodízios do sistema de freios.


Cantilever

O Sistema de Armazenagem do tipo Cantilever é o ideal para o armazenamento não paletizados de materiais de grande comprimento, sendo estes, geralmente, em formato tubular e/ou em barra. Permite fácil acesso para colocação e retirada dos materiais estocados, sendo, ainda, uma estrutura completamente desmontável.


Armazenagem de produtos leves

Estantes


É o tipo de estrutura que se utiliza para o armazenamento de produtos com pequeno volume e peso, não paletizados e com armazenamento manual (Sistemas, 2005, p. 21).


Estantes de grande comprimento

É um sistema utilizado basicamente para o armazenamento de cargas leves mas que simultaneamente possuem um tamanho relativamente grande. Esta é uma estrutura intermediária entre as estantes e as estantes para paletes (Sistemas, 2005, p. 4).


Estantes flow-rack

Esta estrutura é utilizada para o armazenamento de cargas leves (caixas). Neste sistema o produto é colocado num plano inclinado com trilhos e este desliza até à outra extremidade do trilho


Esta é a denominação que se dá às estantes convencionais que tem uma grande altura, e que estão posicionadas em conjuntos formando corredores, sendo o acesso à parte superior feito através de uma escada. A principal vantagem deste sistema é a junção das principais características das estantes leves (o armazenamento manual, a seletividade, o baixo custo) com a possibilidade de aproveitamento máximo da altura (Sistemas, 2005, p. 25).


Organização e multiplicação do espaço



Mezanino

É usado para a duplicação de uma determinada área, dividindo-se o espaço verticalmente com a colocação de pisos intermediários. Como sistema de armazenagem é utilizado para cargas a granel das quais são exemplo as caixas soltas (Sistemas, 2005, p. 5).


Divisórias

São utilizadas para se fazer a divisão de ambientes industriais, organizando-se desta forma o espaço em áreas, sendo possível a colocação de portas ou guichets (Sistemas, 2005, p. 5).


Armazenagem por empilhamento



A armazenagem por empilhamento consiste em colocar as unidades de carga em pilhas nas filas de armazenamento. É utilizado quando se precisa armazenar grandes quantidades de determinados produtos, e quando é possível empilha-los até uma altura razoável sem que estes se esmaguem. É bastante utilizado no armazenamento de alimentos, bebidas, elecodomésticos, produtos de papel, entre outros. Este sistema de armazenamento implica uma grande utilização de espaço, mas em contrapartida não envolve grande investimento. Quando se procede à retirada de um lote de produto, durante um ciclo, podem surgir vagas nas filas de armazenagem, no entanto essas vagas não podem ser preenchidas por outros lotes, até que todas as cargas tenham sido retiradas da fila, isto para se conseguir uma rotação FIFO. O projeto de uma armazenagem por empilhamento é caracterizado pela profundidade de fila de armazenagem, o número de filas de armazenagem necessárias para um dado lote de produto e a altura da pilha.


Sem stock de segurança



A quantidade média de área no chão necessária, com empilhamento e sem stock de segurança, é igual à área ocupada no chão por uma fila de armazenagem (incluindo metade do corredor e do afastamento lateral) multiplicada pelo número médio de filas de armazenagem necessárias durante a permanência de um lote de um produto no armazém, isto é, utilizando-se a seguinte fórmula:










Fonte: portogente.com.br
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistemas_de_armazenagem



MODAIS LOGÍSTICOS


RODOVIÁRIO


O transporte rodoviário apresenta baixo custo inicial de implantação, exigindo apenas a construção do leito, uma vez que os veículos pertencem a terceiros. Trata-se do sistema de transporte mais utilizado no país, apesar de registrar elevado custo operacional e excessivo consumo de óleo diesel. Possui grande flexibilidade operacional, permitindo acessos a pontos isolados. Apresenta grande competitividade para o transporte de cargas dispersas, isto é, não concentradas na origem ou no destino e o de curtas distâncias, onde seu maior custo operacional é compensado pela eliminação de transbordos. O transporte rodoviário na América do Sul é regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional Terrestre entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Peru, firmado em Santiago do Chile, 1989. Esse convênio regulamenta os direitos e obrigações no tráfego regular de caminhões em viagens entre os países consignatários (MDCI 2002). No Brasil algumas rodovias ainda apresentam estado de conservação ruim, aumentando os custos com manutenção dos veículos. Além disso, a frota é antiga e sujeita a roubo de cargas.

VANTAGENS
 Adequado para curtas e médias distâncias;
 Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso às cargas;
 Menor manuseio da carga e menor exigência de embalagem;
 O desembaraço na alfândega pode ser feito pela própria empresa transportadora.

DESVANTAGENS
 Custo de fretes mais elevados em alguns casos;
 Menor capacidade de carga entre todos os outros modais;
 Menos competitivo para longas distâncias;
 Com relação à segurança no transporte rodoviário de cargas, tecnologias com rastreamento de veículos por satélite, bloqueio remoto de combustível, entre outras tecnologias, estão sendo utilizadas por empresas do setor de transporte, visando reduzir os riscos de transporte. Ocorre que essas tecnologias possuem elevados custos de aquisição, de maneira que grande parte da frota rodoviária de carga encontra-se à margem dessas inovações.

FERROVIÁRIO

O transporte ferroviário possui um custo de implantação elevado, não apenas pela exigência de leitos mais elaborados, como também pela aquisição simultânea do material rodante, constituído de locomotivas e vagões. Apresenta baixo custo operacional e pequeno consumo de óleo diesel, em relação ao transporte rodoviário. Não apresenta grande flexibilidade, operando através de pontos fixos, caracterizados por estações e pátios de carga, sendo muito competitivo no transporte de cargas com origem e destinos fixos e para longas distâncias, onde os transbordos realizados na origem e no destino são compensados pelo menor custo do transporte. O transporte ferroviário na América do Sul também é regido pelo Convênio sobre Transporte Internacional. O transporte ferroviário é adequado para o transporte de mercadorias agrícolas, derivados de petróleo, minérios de ferro, produtos siderúrgicos, fertilizantes, entre outros.

VANTAGENS 
Adequado para longas distâncias e grandes quantidades de carga;
 Menor custo do transporte.

DESVANTAGENS
 Diferença na largura das bitolas;
 Menor flexibilidade no trajeto;
 Necessidade maior de transbordo.

DUTOVIARIO.
O transporte dutoviario é feito através de tubos (dutos), baseando se na diferença de pressão. Sua utilização privilegia materiais fluidos, tal como gases, líquidos e sólidos granulares. O sistema apresenta elevado custo de implantação e baixo custo operacional. Possui pequena flexibilidade, operando apenas entre pontos fixos, que são as estações de bombeamento e recalque. No entanto, o transporte dutoviário registra muita competitividade para o transporte em alta velocidade de grandes quantidades de fluidos.

VANTAGENS
 Alta confiabilidade, pois possui poucas interrupções;
 Pouco influenciado por fatores meteorológicos.

DESVANTAGENS
 Número limitado de serviços e capacidade.

MARITIMO
O transporte marítimo apresenta baixo custo de implantação e de operação. Apesar de limitado às zonas costeiras, registra grande competitividade para longas distâncias. Necessita de transporte complementar, o que pode torná-lo inadequado para algumas rotas. O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio internacional. Possibilidade de navegação interior através de rios e lagos.

VANTAGENS

 Maior capacidade de carga;
 Carrega qualquer tipo de carga;
 Menor custo de transporte.

DESVANTAGENS

 Necessidade de transbordo nos portos;
 Longas distâncias dos centros de produção;
Menor flexibilidade nos serviços aliado a freqüentes congestionamentos nos portos.

HIDROVIÁRIO E AQUAVIÁRIO
O transporte hidroviário apresenta baixo custo de implantação, quando da ocorrência de uma via natural. Tal custo, no entanto, aumenta bastante se houver necessidade de construção de canais, barragens e eclusas, por exemplo. Seu custo operacional, pequeno em vias perenes de grande calado, aumenta de maneira sensível em vias de baixo calado e de utilização sazonal, onde não é possível operar em períodos de seca. Apresenta baixa velocidade operacional e alcance limitado ao curso natural da via utilizada. Atinge excelente competitividade quando satisfeitas as condições de via natural, perene e de grande calado.

VANTAGENS
 Custos de perdas e danos são considerados baixos.

DESVANTAGENS

Costuma ser mais lento que o modo ferroviário;
Disponibilidade e confiabilidade são fortemente influenciadas pelas condições meteorológicas.

AEROVIÁRIO
O transporte aeroviário apresenta baixo custo de instalação e elevado custo operacional. Registra grande flexibilidade e permite o acesso a pontos isolados do país, com alta velocidade operacional. É o meio ideal para o transporte de mercadorias de grande valor e de materiais perecíveis em situações excepcionais. Algumas dessas situações são catástrofes, guerras e epidemias. Devido a seu elevado custo operacional, o transporte aéreo não é apresentado como alternativa, limitando-se sua utilização a casos específicos. É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega.

VANTAGENS
 É o transporte mais rápido;
Não necessita embalagem mais reforçada (manuseio mais cuidadoso);
Os aeroportos normalmente estão localizados mais próximos dos centros de produção.

DESVANTAGENS

Menor capacidade de carga;
Valor do frete mais elevado em relação aos outros modais.

Fonte: http://www.administradores.com.br

domingo, 15 de janeiro de 2017

GESTÃO DE ESTOQUE


Gestão de Estoque ou Administração de estoques é uma área da administração das empresas, pois o desempenho nesta área tem reflexos imediatos nos resultados comerciais e financeiros da empresa. (Francischini et al., 2002).

O objetivo da gestão de estoque envolve a determinação de três decisões principais:
·         Quanto encomendar,
·         Quando encomendar;
·         Quantidade de estoque de segurança que se deve manter para que cada artigo assegure um nível de serviço satisfatório para o cliente.
Estas decisões assumem uma dinâmica repetitiva ao longo do tempo, e tornam-se complexas devido ao enorme leque de fatores envolvidos na tomada das mesmas (Benchkovsky, 1964, p. 689). Para resolver este problema utiliza procedimentos matemáticos e estatísticos entre eles:
·         Classificação dos itens estocados, em destaque a classificação ABC (Análise de Pareto) (Francischini et al., 2002, p. 97-102).
·         Estimativas de demandas, classificadas em dependente e independente.
·         Estimativas de parâmetros como Stock Máximo, estoque De Segurança (Francischini et al., 2002, p. 152-157), Ponto De Encomenda (Francischini et al., 2002, p. 159).
Todas as organizações, seja qual for o sector de atividade em que operem, partilham a seguinte dificuldade: como efetuar manutenção e controle do estoque.
Este problema não reside apenas nas empresas, mas também em instituições de carácter social e/ou de índole não lucrativo, visto os estoques existirem transversalmente na sociedade, sejam em explorações agrícolas,fabricantes, grossistas, retalhistas, mas também em escolas, igrejas, prisões e em todo o tipo de estabelecimentos comerciais. Apesar deste problema existir desde sempre, apenas no século XX se começaram a estudar e a desenvolver técnicas no sentido de lidar com esta questão, que se tornou mais relevante depois da Segunda Guerra Mundial, onde a incerteza era constante e que levou a que se dessem, de uma forma mais ou menos secreta, os primeiros passos na gestão de estoque. Se teoricamente, a gestão de estoque é a área das operações organizacional mais desenvolvida, a prática mostra precisamente o contrário (Tersine, 1988, p. 3).
Fazer com que um produto em estoque esteja constantemente pronto a dar resposta a uma encomenda de um cliente será uma boa definição para gestão de estoque. A sua boa gestão passa por satisfazer a exigência, satisfazendo também a componente economica (Zermati, 1986, p. 18).
Estoque de segurança
O estoque de segurança é determinado diretamente através de previsões. Não conseguindo serem estas previsões absolutamente exatas, o estoque de segurança irá funcionar como uma proteção quando a procura atinge valores superiores ao esperado. Como foi referido anteriormente as principais variáveis a ter em conta são a procura e o tempo de aprovisionamento designado também por prazo de entrega. É nestas variáveis que o estoque de segurança irá desempenhar um papel fundamental na medida em que a satisfação da procura terá que ser garantida nas situações em que o prazo de aprovisionamento é superior ao valor médio previsto, a procura é superior ao valor médio previsto e no caso de as duas situações acontecerem simultaneamente (Tersine, 1988, p. 184). É ainda importante referir a relação direta existente entre o aumento dos estoques de segurança e (Tersine, 1988, p. 188):
·         Aumento dos custos de ruptura e dos níveis de serviço;
·         Descida dos custos de posse;
·         Maiores variações na procura;
·         Maiores variações no prazo de entrega (tempo de aprovisionamento).

Custos da Gestão de Estoque

Custos de aprovisionamento

Corresponde ao custo de processamento da encomenda, que poderá ser a compra feita a um fornecedor, mas também aos custos associados à inspeção e transferência do material, assim como os custos relativos à produção (Plossl, 1985, p. 21).

Custos de posse

São os custos diretamente relacionados com a manutenção dos artigos em stock, poderão ser de obsolescência, de deterioração, impostos, seguros, custo do armazém e sua manutenção e custos do capital (Plossl, 1985, p. 22).

Custos de ruptura

Estes custos surgem quando não há material disponível para fazer face ao(s) pedido(s) do(s) cliente(s). Com isso, não só são gastas mais horas e trabalho na elaboração de novos pedidos, como em casos extremos poderá levar à perda do(s) cliente(s) (Plossl, 1985, p. 22).
Embora estes sejam considerados os três principais custos associados à gestão de estoque, Plossl (1985, p. 22)refere ainda um quarto grupo, designado por custo associado à capacidade, que são os custos relacionados com questões laborais como horas extraordinárias, subcontratações, despedimentos, formações e períodos de inatividade por parte do trabalhador. 
A gestão de estoque é uma ferramenta essencial para apoiar os principais propósitos de toda empresa: lucro e a satisfação dos clientes. “Quem faz um controle eficiente do estoque, frequentemente, consegue praticar melhores preços, atende com agilidade e tem mais qualidade no serviço prestado ou produto comercializado”, ressalta Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP.  Ele explica que uma gestão de estoque feita de maneira adequada é aquela que, preocupada com o capital do negócio, está sempre respondendo a cinco questões básicas:
 Onde estocar?
Avalie o espaço físico da área de estocagem: escolha o ambiente, que permita as melhores condições de armazenamento, visualização, acesso e controle dos artigos.
O que está estocado e o que devo estocar?
Tudo pode, mas nem tudo deve ser estocado, principalmente, se for em quantidade não adequada com o consumo previsto. Tudo vai depender dos riscos que se corre em deixar acabar o item no estoque e o que este fato altera a relação com o cliente, considerando ainda o risco de sobrar material com validade inadequada ou fora de moda. 
Na prática: suponha que em sua loja de roupas num centro comercial qualquer, você tenha uma vitrine, iluminada por 10 pequenas lâmpadas, onde são expostos os artigos que você mais deseja comercializar. Você necessita ter lâmpadas em estoque? Provavelmente não, pois se alguma queimar você pode providenciar sua reposição a qualquer momento, além do que uma lâmpada a menos não fará grande diferença para o desempenho da atividade. Por outro lado, se a vitrine tiver uma peça que não haja no estoque, você perde chance de promover uma boa venda e deixa seu cliente insatisfeito.
Quanto estocar e por quanto tempo?
Pense nas seguintes regras para responder a essa pergunta: o estoque não deve estar alto quando o caixa (dinheiro disponível) está baixo; e o nível dos estoques deve acompanhar a venda dos produtos.
Quando se tem uma previsão de vendas para o próximo período e as quantidades estocadas de cada artigo, basta acrescentar o tempo e a quantidade mínima exigida pelo fornecedor para repor os artigos a serem estocados.
Na prática: supondo uma venda de 10 unidades de uma determinada linha de artigos por dia e se seu prazo para reposição for de três dias, deveremos fazer um novo pedido quando a quantidade percebida em estoque for de trinta unidades, mais uma segurança para eventuais atrasos. É sempre bom, periodicamente, criar rotinas para avaliar se o que tem nos controles condiz com o que existe na loja, atividade conhecida como inventário. Essa rotina verifica a quantidade de acertos ou desvios que ocorrem no seu sistema. Fique sempre atento!
Como controlar?
Um computador pode ajudar muito nesse controle, entretanto, a informática não inibe erros de entrada, saída ou omissão. Quanto maior o número de itens que você trabalha na loja, mais fácil se torna o controle através de sistemas informatizados, entretanto, a percepção visual do empresário ajuda muito a detectar os itens faltantes. É fundamental acompanhar diariamente toda a movimentação do que acontece nos estoques de sua loja, pois você já deve ter sentido que isso trará muitos benefícios à sua operação e evitará que possíveis furtos, ocasionados por colaboradores ou consumidores.
Vantagens da gestão de estoque:
 • Utilizar adequadamente o capital de giro do negócio.
• Evitar atrasos no fornecimento de materiais e componentes.
• Suprir as necessidades de vendas na medida da demanda.
• Evitar a obsolescência e desvios de produtos e materiais.
• Adequar-se às cotas de fornecimento.
• Liberar espaços produtivos.
• Identificar produtos que estão sem giro.
• Conhecer a influência do estoque nos resultados financeiros.
• Estratégia frente ao capital de giro e o atendimento a clientes. 
Dicas de Gestão de Estoques
• Planejar o estoque hoje é zelar pelo capital de giro amanhã!
• Inventários periódicos auxiliam na identificação de furtos ou desvios de estoques.
• O custo de aquisição dos artigos é importante. Mantenha-o sempre registrado!
• Sistemas informatizados ágeis facilitam controle, gestão e consulta aos estoques!
• Controle a validade e a aceitabilidade dos itens de estoques.
• Comprar bem é comprar o produto certo, na qualidade adequada, no tempo e na quantidade certa!
• O controle visual dos artigos estocados é tão ou mais importante que relatórios informatizados. 
“O estoque é o coração da empresa”
É isso que afirma Eliane Domini, proprietária da empresa de eventos Bar & Barman, sediada na capital paulista. “Por muito tempo pensava que o coração da empresa era o comercial, isso foi um grande erro”, diz e acrescenta “é no estoque que está o meu dinheiro, é ali que eu tenho lucro ou deixo de ter”. Eliane contou que toda semana pagava uma média de R$ 3 mil só de quebra de copo, que era alugado. “Passei a controlar o meu estoque de copos, tudo o que ia para o evento para saber quando, onde e porque estava quebrando. Hoje gastamos apenas R$ 100 com isso”, revela.
A empresa quase quebrou devido à falta de controle. Hoje, Eliane controla tudo, e conta com a ajuda da filha, mas ainda sofre o reflexo da época em que não fazia uma gestão do estoque. “Tem que ser uma pessoa de extrema confiança para fazer esse trabalho, um profissional completo. Ou então, faça você mesmo”, recomenda.
Controlar tudo possibilitou também que Eliane reduzisse o preço de alguns serviços oferecidos, “o retorno de bebidas não consumidas em um evento para o meu estoque fez eu enxergar que o lucro era maior. Antes, isso não acontecia, tudo o que saia da empresa não voltava. Não adianta vender superbem se o desperdício é maior. Eu eliminei compras exageradas. Tudo enxugou a partir do estoque. Passei a não ter tanto prejuízo”.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/http://www.sebraesp.com.br